Stargate Universe 1x05 - Light

Tudo que eu havia imaginado que aconteceria neste episódio aconteceu, não houve surpresas com a história, no entanto quando ele chegou ao final eu tive a sensação de que havia acabado muito rápido, que não tinham passado os 40 minutos de Light, um dos episódios mais bonitos da franquia e também um episódio quase tão vazio quanto a 3° parte de Air.

Eu fiquei tenso quando o Col. Young anunciou que iria sortear aqueles que iriam se salvar indo para a nave auxiliar e fugindo para um planeta nas proximidades, foi possível sentir a tensão se formando entre a tripulação depois daquela notícia, mas não foi nada comparada com a cena da loteria em si, que conseguiu emocionar um pouco e transmitir uma tensão na expectativa de cada um de ser escolhido. Gostei muito do trabalho de alguns atores, principalmente da Ming Na que faz a Camile Wray, que conseguiu transmitir um misto de felicidade e alívio por ter sido sorteada e uma culpa e pesar por deixar os outros para morrerem o que aumentou a carga emocional do episódio.

Só que acredito que este episódio teria sido muito melhor se fosse exibido mais para frente, quando tivesse tido chance e tempo para conhecer melhor cada um dos personagens principais e secundários e me identificar melhor com alguns deles, desta forma a cena da loteria teria muito mais significado e ai sim seria realmente emocionante, além de que se fosse um final de temporada poderia gerar uma dúvida quanto à sobrevivência de todos na nave.

Light foi também um episódio visualmente bonito, sendo um dos episódios mais bonitos da franquia toda! As cenas da Destiny se aproximando da estrela e entrando nela foram maravilhosas, só que como eu disse antes, aconteceu como eu previ e a Destiny foi em direção a Estrela para recarregar as energia, eu só não esperava que ela se dirigisse para dentro da Estrela de propósito para capturar material estelar como combustível, as imagens dela se reabastecendo foram lindas.

Em compensação o episódio teve várias coisas que não me agradaram, começando por ser um episódio separado de Darkness porque os dois poderiam ser um único episódio de 40 a 50 minutos tranquilamente que não haveria tantas perdas, da forma como foi feito ficou parecendo que a história foi diluída de mais dando uma sensação de que os episódios ficaram vazios (de acontecimentos), teve também o final clichê com a nave auxiliar que antes era a salvação de alguns se tornando a perdição dos sorteados quando a Destiny se reabasteceu e saiu da estrela. Toda a dificuldade para os 17 escolhidos conseguirem interceptar a Destiny a tempo e no final conseguindo por muito pouco ficou forçado e é fruto da necessidade dos roteiristas de preencherem espaço e criar ação em um episódio que foi emocional e deveria fazer parte de Darkness.

E para finalizar, o episódio foi cheio de atitudes questionáveis dos personagens, a Chloe conseguiu quebrar o coração do Eli ao ir para a cama com o Scott e me fez pensar que ela não é uma pessoa tão legal quanto parecia ser e está apenas usando o Eli para apoio emocional enquanto prefere fazer sexo com o Scott, eu não acreditei que ela falou para o Scott que ela se sentia mais próxima dele do que de qualquer outra pessoa naquela nave enquanto horas antes ela não desgarrava do Eli que só se preocupa com como ela se sente e que no fim estava ao seu lado esperando a morte.

Depois teve a Camile Wray que teve peito e coragem de enfrentar o Young por discordar da loteria e achar que o certo a fazer seria escolher as pessoas que tinham habilidades que aumentariam as chances de sobrevivência no planeta.

O Col. Young também acabou levantando a dúvida sobre os verdadeiros motivos de o Rush ter decidido ficar na Destiny retirando o seu nome do sorteio, pois talvez ele não tenha feito sacrifício algum porque sabia desde o começo que a nave iria recarregar as energias, não seria destruída e que todos ficariam bem